quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Volta Humberto


O comércio do tipo bolicho, exatamente aquele que frequentamos as quartas-feiras após os jogos do Dínamo-FC, têm características próprias que o diferenciam brutalmente de qualquer outro tipo de comércio. A saber:

92% do consumo ocorre na primeira hora após a chegada dos atletas ao estabelecimento, restando as outras duas horas e meia, três horas, o restante de 8% do faturamento da noite; ou seja, os caras que querem ficar até altas horas não gastam nada e costumeiramente enchem o saco do bolicheiro com teses acerca da vida e filosofias diversas.

66% dos frequentadores assíduos vez em quando deixam a conta pendurada para a próxima semana, isso quando não oferecem algumas mercadorias em troca do seu consumo, do tipo bebidas vencidas, roupas pequenas tamanho 38, 40 no máximo, tornando a atividade do bolicheiro praticamente uma atividade de magia; ele obriga-se a fazer mágica para pagar os seus fornecedores.

100% dos frequentadores do bolicho contam piadas sem graça ao dono do estabelecimento e a quem estiver no seu raio de visão, cutuca intensamente quem estiver ao seu alcance para garantir a atenção, fala próximo demais e não raras vezes cuspindo na vítima ouvinte, enfim...

Por tudo isso quero lembrar aos convivas que quem estiver disposto a ficar até mais tarde deve lembrar de beber e comer algo do estabelecimento, pagar a vista a sua despesas e ser comedido nas suas histórias e piadas.

Lembrei de fazer este relato/lembrança aos amigos porque ontem, um nobre conviva comandado pela esposa, que por motivos de privacidade absoluta preservarei sua identidade, após duas horas de conversa fora acertou sua conta no bar; e pasmem, a soma de suas despesas deu R$3,50!?!?!?!?! O que será que o cidadão consumiu? Certamente comeu chicletes a noite inteira.

Enfim, quem sou eu para criticar...

Por outro lado, temos amigos que deveriam receber couvert artístico dos amigos; raras vezes eu ri tanto em minha vida. Valeu Max!

Mas o jogo, o melhor embate do ano! Presidenciaveis 4 x 3 Ñ Presidenciaveis em jogo disputado do início ao fim; fim esse que não chegava nunca. Mas mais uma vez o presidente conseguiu vencer.

Fatos que nunca ocorreram na história do clube ontem deram sinais de existência e salientou animosidades talvez arraigadas nos subconscientes da coletividade do grupo. Soto, Zé Black, Coutinho, Valdir, Cigano e Fabrício estavam com a "caixa de ferramentas abertas", dando pontapés, socos, cotoveladas e carrinhos nos amigos e o clima estava ficando quente e demos graças a Deus que encerrou o tempo de jogo. Sabe-se lá onde aquilo iria parar.

Dois fatos devem ser salientados:

Primeiro o golaço do Zé. O Negão leva um tempão para fazer um gol, mas quando faz vale por muitos;

e segundo o Cigano, que não aceitou ser a estrela ofuscada da noite e se deprimiu de tal forma que acabou sendo um peso morto no seu time; acontece Cigano, nem sempre podemos ser o melhor.

Todos os amigos acompanham minha trajetória no grupo e sabem das minhas aspirações à presidência, para colocar em prática projetos de crescimento e desenvolvimento do clube. Porém esbarro na legitimidade, que em síntese é a aprovação tácita por todos os companheiros dos projetos e ações do presidente atual. Mas não desisto e vou começar de maneira humilde, quem sabe assumindo o departamento de "uvas". Afinal de contas, as minhas uvas tem sido as melhores.

Enfim gurizada, inauguro o ano escrevendo e revivendo a rotina do blog que é um complemento a diversão das quartas-feiras. Parafraseando o amigo Caco, desejo aos amigos um ano cheio de perspectivas.











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