Prenunciando o verão, as andorinhas aparecem como num toque de mágica. Por onde elas andavam? Será que elas se escondem em alguma caverna climatizada para só saírem quando os termômetros ultrapassarem a casa dos 25 graus? Sei lá...
O que sei é que tal fenômeno ocorre também no futebol de várzea. No verão aparecem uns caras que há tempos não víamos; porém este fenômeno da natureza eu acho que consigo explicar...
Ocorre que os convivas andorinhas invariavelmente são os que se deixam dominar pelas suas mulheres durante todo o ano, cumprem horários de chegada em casa, dias de cuidar dos filhos, fazer compras, enfim... e nessa época do ano suas mulheres sem compaixão alguma os abandonam em troca da casa na praia, do frescor das noites litorâneas, do nordestão lambendo seus cabelos e sei mais lá o que, e os trolhas ficam em casa solitários e sem saber o que fazer; e fazem o que? Lembram que tem amigos e um joguinho na quarta-feira.
Contudo, na minha gestão que está por vir, esses atletas não serão bem vindos. Se não jogam no inverno, no verão é que não irão jogar.
Como consequência vemos jogos lotados de gente, trocando três para cada lado, que na prática significa um novo time a cada sete minutos. Fica inviável. Tem um pouco de desorganização e falta de liderança da gestão atual, e também malandragem do pétreo líder, que em uma só noite consegue colocar o condomínio e a prestação do carro em dia.
Para lembrar, antes que caiam de pau porque levo uvas para o time, quero salientar que atletas novos além de "oxigenar" o grupo (vide blog de março/2010), estávamos precisando de um atleta que atuasse em sistemas de informática. Precisamos agora de um atleta dentista, especialista em próteses.
Mas como no fim tudo acaba bem, o jogo saiu e mais uma vez os Presidenciáveis ganharam. 5 x 3 ou 5 x 4, não lembro.
Não vou me ater muito ao jogo em si, até porque estou cansado de falar sempre as mesmas coisas. O Xande gritando e errando gols, o Cigano só passando a bola quando não há mais ninguém a ser driblado a sua frente, o Baxo (eu) sucumbindo aos sintomas depressivos futebolísticos e entregando o jogo, o FabriZinho encerando o campo, o Zé narrando o jogo, o Black Zé estocando gols, enfim, falar sempre a mesma coisa toda a semana está me parecendo chato.
Mas vale lembrar aos amigos que o gol deve ser construído igual como se constrói uma casa; por partes.
Lançar do goleiro ao atacante e esperar o gol é a mesma coisa que construir só o telhado e querer morar. Não é possível. Quando é que os caros amigos lançadores irão aprender isso?
Mas tudo bem, quem sou eu para falar? O que vale é rever os amigos.
Aliás, tinham amigos que diziam "-o jogo de quarta-feira vale cada centavo". Com os sucessivos aumentos na prestação dos jogos, passaram a se referir ao jogo com outras frases, do tipo "-o jogo é caro mas ainda vale a pena". Vamos ver onde essa inflação vai parar...
Vale lembrar que repudiamos a atitude do atleta Luiz Otávio, que afirmou peremptóriamente 30 minutos antes do embate que compareceria após longa ausência da Granja e simplesmente não apareceu. O que teria acontecido com o loquaz atleta? Teria sido raptado por seres de um olho só e devolvido no outro dia completamente sem memória? Ou no trajeto para o jogo teria parado para ajudar no parto de uma lontra sumatrana perdida em meio a zona sul rural de Porto Alegre? Alguma explicação ele deve ter para não ter ido.
Enfim, vale parabenizar a família Bertaco pelo excelente projeto arquitetônico das churrasqueiras, que com muita eficácia (ou eficiência / eu sempre me engano) nos proporciona todas as quartas-feiras um churrasco magnífico.
Abraço aos amigos e bom findi.
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