A HORA DA MUDANÇA

Quando experimentamos as mudanças, normalmente as fazemos com a intenção de melhorar, mesmo que muitas vezes elas nos proporcionem medos e incertezas. Há casos em que elas nos deixam muito inseguros com o que irá acontecer, como em mudança de emprego, e outras vezes simplesmente nos geram mais prazer, como uma eventual troca de bicicleta.

O fato é que mudar é da natureza humana, e acima de tudo, é preciso. Através das mudanças é que evoluímos para um futuro melhor.

Há mudanças em que não existe explicação e muito menos motivo. Passar do futebol para o handbal, proposta pelo conviva Cláudio Leite, me deixou um pouco apreensivo. Como faremos os amigos aceitarem esta troca de um esporte jogado com os pés por outro com as mãos. Talvez ele mesmo possa nos explicar.

Há mudanças necessárias, como no caso do nosso caro amigo e conviva indispensável nos dias de embate, Old Zé. Andava levando o Justin Fabrício aos jogos, e na ânsia de mostrar serviço, acabou fundando a avenida Zé Luis. Resolveu mudar, deixou o pimpolho prodígio em casa e o que aconteceu? Seu futebol melhorou muito em todos os fundamentos, inclusive promovendo a interdição da citada avenida. Parabéns Zé.

Há mudanças impossíveis. É o caso do nosso presida, que com ambos joelhos tomados pelos cupins, precisaria trocar de membros. Porém, não existem transplantes desta importantíssima parte do corpo, então caro presidente, se foda. Mas o esforço dele para suprir duas portas no último embate foi louvável. Como tudo no nosso querido presidente é louvável. Presida, EU TE AMO e votarei no senhor sempre que fores candidato a algo.

Há mudanças impossíveis, como a esperada troca a ser promovida pelo Fabrício, do churrasco dos amigos de Ipanema pelo churrasco dos amigos do Dínamo. Como diria Zé Rodrix "... sei que antes da minha morte eu sei que este dia chegará."

Há mudanças ilegais, como aconteceu no nosso esperado e secreto pós jogo. Havia uma regra, quase uma Lei de comportamento no grupo, que visava simplesmente regulamentar a gritaria. Descambou tudo. Tinha gente falando de surfe, de cow parade, de política, enfim, trouxeram a tona assundos nunca antes discutidos na história deste clube.

Então, aproveito o ensejo para ratificar a ordem das coisas. Devemos falar inicialmente de futebol, passamos para mulheres (as nossas, é óbvio), depois o tema é livre e por fim encerramos com futebol novamente. Senão a coisa vira bagunça.

Mas o que não muda é a qualidade do jogo. Disputado até o final, com destaques positivos e negativos nos dois times, alguns lances inéditos na Granja. É o caso do primeiro lance do jogo, quando o Fabiano pegou a bola e saiu correndo até a chácara do vizinho, sem titubear nem olhar para trás. Mas não se preocupem, ele voltou por livre e espontânea vontade. Desculpa caro conviva, sei que prometi que nunca mais te cornetearia, mas todos sabem que sofro de CCCI-Comportamento Compulsivo Corneteiro Impulsivo, e fui acometido por uma típica recaída.

O Maurício, ator principal de Jogos Mortais, ao adentrar aquela chuteira cor rosa aniz anil, fez parceria com nosso atleta mais fashion Rick Di Boiól e não teve pra ninguém. Era tesourada pra cá, alfinetada para lá, cortes a mil. Sugiro no próximo jogo incluir o Valdiro neste time e então estará fundado o jogo Dínamo Wednesday Fashion.

Placar final: PRESIDENCIÁVEIS 5 x 2 Ñ PRESIDENCIÁVEIS.

Quero aproveitar o momento e instar homenagem ao Sotoriva, que como consta no caderno de presenças, não troca o jogo por qualquer outro motivo. Não que ameaça de nascimento do filho primogênito seja um motivo qualquer, mas era só ameaça. É um exemplo a ser seguido pelos convivas.

Abraço aos amigos, desculpa a demora e bom findi gurizada.